Situada na Rua Dom João IV, num edifício que outrora foi convento. O edifício é envelhecido, com estruturas antiquadas e pouco ajustadas quer às necessidades dos utentes contemporâneos, quer à crescente afluência que esta instituição tem vindo a testemunhar.
As cadeiras actuais são demasiado grandes e pesadas, de difícil manuseio especialmente por pessoas fragilizadas. São também ruidosas ao arrastar.
Pouco ergonómicas, a altura das cadeiras não é ajustada à altura do tampo das mesas. Os apoios para braços das cadeiras estão também numa altura que esbarra no tampo das mesas, impedindo ainda que o leitor aproxime a cadeira da mesa.
As cadeiras da sala de livre acesso são particularmente desproporcionadas, tendo um formato redondo de diâmetro grande demais, tornando-as mais largas do que a capacidade de lugares de cada mesa, e tornando o encosto demasiado longe das costas do utente para lhe poder ser útil.
Para corrigir estes problemas, as cadeiras deveriam ter as características de cadeiras de escritório, com rodas para facilitar o seu manuseio e, talvez, mesmo reguláveis em altura.
A BPMP carece de mais mesas, e mais opções para leitura, consulta, e trabalho de escrita manual ou a computador.
A Sala do Catálogo tem uma área grande dedicada a arquivos metálicos de fichas em papel que já ninguém usa. Esses arquivos poderiam ser deslocados para outra área mais reservada. Assim, toda aquela área ficaria livre para a instalação de mesas de trabalho e leitura.
Não há tomadas eléctricas em número suficientes para todos os utentes que queiram trabalhar ao computador ou em dispositivos electrónicos.
Poderia ser também uma boa ideia disponibilizar tomadas USB para o carregamento de lousas e telemóveis.
Eventualmente, poder-se-á também adoptar tecnologias emergentes, como o carregamento por indução.
No Verão, a BPMP torna-se numa estufa de habitabilidade intolerável.
Há condutas de ventilação no tecto, mas não há observações de daí ter alguma vez saído ar condicionado. Em vez disso, no Verão abrem-se as janelas, o que não só não refresca a biblioteca, como traz para o seu interior um penoso ruído de trânsito automóvel.
Pelas janelas abertas da Sala de Leitura Geral entram dolorosas buzinadelas — muitas, na Avenida Rodrigues de Freitas! — e insalubres efeitos dos motores de combustão interna.
O ar condicionado é também uma forma de reduzir o contágio entre utentes de doenças transmitidas pelo ar, pois o ar refrigerado seco tem um efeito redutor de bactérias. Há sistemas de ar condicionado que incluem a desinfecção por ultra-violetas da corrente que circula.
Os vidros das janelas deveriam ter filtros:
As áreas de fruição do público precisam de ser aumentadas. Idealmente, o edifício cresceria em altura, com mais andares acima do que é actualmente o telhado.
Como inspiração para a BPMP, veja-se o projecto da Nova Biblioteca Central de Macau, o aumento de 2006 da Biblioteca Robert Ho Tung, e, quer quanto ao edifício como ao mobiliário dos seus interiores, a Bibliothèque et Archives nationales du Québec.
No rés-do-chão há umas casas de banho recentes, mas no andar de cima, na sala de livre acesso, as casas de banho estão em mau estado.
As casas de banho deveriam equipadas com chuveiros, não só para quem se desloca em bicicleta, mas também para servir os utentes com dificuldades no acesso a equipamento de higiene pessoal — para que, assim, possam fazer uso da Biblioteca em higiene e conforto de todos.
Apesar do horário ter vindo a ser alargado ao longo dos anos, o que é de elogiar, poder-se-á continuar a alargá-lo para que mais utentes possam aceder à Biblioteca em horários pós-laborais.
Colocar informação visível para que as pessoas não só espirrem mas também tussam para o cotovelo. Os utentes não estão sensibilizados para o problema da tosse ser um vector de contágio idêntico aos espirros.
Introduzir, no protocolo de limpeza da BPMP, a esterilização de cadeiras e tampos de mesa.
Disponibilizar desinfectante do tipo hospitalar junto das entradas de cada sala.
Depois da pandemia, a BPMP já tem protocolo de desinfecção. Esperemos que se torne permanente, e que continuem a trabalhar para a sua melhoria contínua.
Sendo um assunto delicado, seria de considerar o problema de utentes que, pelo seu odor, impedem a concentração dos outros e que, por tal poder ser sintoma doutros problemas a montante, incluindo de saúde, possam ser sinalizados para cuidado acompanhamento doutras instituições.